quarta-feira, 13 de julho de 2011


Abro aquela velha caixa e me permito ir ao encontro de todas as sutilezas que costumavam preencher os espaços vazios. Gestos, atitudes e recordações que existem dentro dela eram suficientes para amenizar qualquer incompreensão. Agora, juntas elas já não desempenham esse papel. O desentendimento hoje supera todas as formas de gostar e tenta sucumbir o que ainda nos resta em mãos e mente.
Eu continuava no mesmo lugar, mas seus dedos foram sendo enfraquecidos pelo cansaço e, um a um, perderam a vontade de fechar. Negligentes ao que ainda poderiam reconquistar foram cedendo e abrindo brechas. Tudo se tornou instável pela falta de um substrato firme e consolidado. Pouco a pouco, esvaía-se.
Isso foi assistido e acompanhado pelo calar das vontades e anseios. Pela debilitação de quaisquer sentimentos. O motivo de antes termos estado juntos ainda era de presença constante e eu permanecia a postos. Você poderia apertar os dedos firmemente em direção à palma da mão e tudo estaria seguro e completo como antes fora. Pouco importa se foi reflexo ou precipitação, mas você optou por assoprar pra longe de si.

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